As faces da dependência emocional
Quando o amor te anula.
Você já percebeu como, às vezes, a gente se esquece de si mesma só para manter alguém por perto?
Finge que não se incomodou, engole o choro, evita qualquer conflito… Tudo para não ser rejeitada.
Se você vive com medo de ficar sozinha, se sente culpada por se colocar em primeiro lugar ou aceita menos do que merece por carência, talvez esteja vivendo um padrão chamado dependência emocional.
Mas calma. Isso é mais comum do que você imagina e também é possível sair desse ciclo.
O que é a dependência emocional?
É quando o nosso bem-estar passa a depender, quase que totalmente, da presença e aprovação de outra pessoa. Você sente que precisa daquele relacionamento para ser feliz, mesmo quando ele te esgota. E, no fundo, acredita que não consegue ser suficiente por si só.
Veja aqui alguns sinais frequentes:
• Medo constante de ser deixada (o) de lado
• Dificuldade de dizer “não” ou impor limites
• Sensação de vazio quando está sozinha (o)
• Tendência a se anular para manter a relação
• Culpa ao se priorizar
Por que isso acontece?
A dependência emocional costuma ter raízes profundas, que muitas vezes nem percebemos:
- Na infância, talvez você tenha aprendido que precisava “fazer por merecer” o amor dos seus pais.
- Na adolescência, pode ter internalizado que estar sozinha era sinal de fracasso.
- Na vida adulta, acabou repetindo padrões e relacionamentos desequilibrados.
Tudo isso vai minando a autoestima e alimentando o medo de não ser amada de verdade.
O que dizem os dados?
Segundo dados da OMS (2023):
• 1 em cada 4 mulheres adultas apresenta sinais de dependência emocional
• 70% das mulheres que permanecem em relações abusivas relatam medo de abandono e baixa autoestima
• No Brasil, o problema é mais comum entre mulheres entre 30 e 55 anos, principalmente após separações ou perdas afetivas
Mas… é possível viver sem depender do amor de ninguém?
Sim. E não, isso não significa virar fria ou insensível. Significa, na verdade, aprender a se bastar, a se valorizar e a escolher o amor — sem precisar dele para existir.
Vamos falar das vantagens e desvantagens?
Desvantagens (ou melhor, desafios iniciais)
• Pode bater uma solidão no começo
• Romper velhos padrões exige coragem
• Nem todo mundo vai entender sua mudança
Vantagens reais (e libertadoras!)
- Você se sente mais leve e segura
- Aprende a dizer “sim” sem se perder
- Atrai relações mais saudáveis e recíprocas
- Se torna sua melhor companhia
- Descobre uma força que estava adormecida em você
E como descobrir o meu valor e ficar bem sozinha, se for o caso?
Sim é possível você se basta e não se tornar uma pessoa amarga. Através do processo terapêutico, é possível identificar o que te prende, resgatar sua autoestima e criar uma nova forma de se relacionar com os outros, mas principalmente com você mesma.
A terapia oferece um espaço de escuta, acolhimento e reconstrução. Um lugar para você se olhar com mais amor, se entender, e se fortalecer por dentro. Descobrir sua identidade e força pessoal.
Você merece viver um amor que não te anule.
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