Penso em suicídio, o que fazer?

Por que pensamos em suicídio?

Pensar em suicídio não é fraqueza, preguiça ou vontade de chamar atenção. É um sinal de sofrimento intenso, e existe explicação científica para isso.

Nosso cérebro é responsável por regular emoções, motivação e decisões. Quando há alterações químicas (como desequilíbrios de serotonina e dopamina) ou sobrecarregamento emocional, podemos sentir que não há saída para a dor.

Além disso, fatores como depressão, ansiedade, traumas, perdas ou isolamento social aumentam o risco. O cérebro interpreta que a morte poderia ser uma forma de escapar do sofrimento intenso, mesmo que temporário.

O importante é lembrar que esses pensamentos podem ser temporários e tratados. Terapia, medicação, apoio de pessoas próximas e estratégias para lidar com emoções ajudam muito.

Talvez você esteja lendo este texto porque a dor ficou grande demais. Talvez tenha se sentido sem saída, sem forças ou sem esperança. Se esse é o seu caso, antes de qualquer coisa, quero que você guarde estas palavras: você não está sozinho e há caminhos possíveis para aliviar esse sofrimento.

O suicídio não acontece por escolha livre. Ele é o resultado de uma dor profunda, que parece insuportável naquele momento. Mas como toda dor, ela pode ser cuidada e transformada.

1. Reconheça sua dor sem se julgar

É normal sentir medo, tristeza ou até vergonha por ter pensamentos de morte. Mas esses pensamentos não definem quem você é. Eles são sinais de que você está atravessando um momento de grande sofrimento e pedir ajuda é o primeiro passo de coragem.

2. Procure alguém de confiança para conversar

Falar alivia. Pode ser um amigo, um familiar ou alguém próximo que você sente que pode ouvir sem julgar. Muitas vezes, colocar em palavras o que sentimos já abre espaço para o alívio e para encontrar novas saídas.

3. Busque apoio profissional

Psicólogos e psiquiatras estão preparados para ajudar a lidar com esses pensamentos e emoções. O tratamento adequado pode fazer toda a diferença. Se você não sabe por onde começar, procure o posto de saúde da sua região ou busque referências de profissionais de confiança.

4. Ligue para o CVV – 188

No Brasil, você pode ligar gratuitamente para o 188, número do Centro de Valorização da Vida (CVV).
O atendimento funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, de forma sigilosa. É um espaço seguro para conversar, ser ouvido e encontrar apoio no momento de crise.

5. Pequenos passos podem salvar sua vida

Pode parecer impossível agora, mas começar por gestos simples já é um caminho:
• Respirar fundo algumas vezes quando o pensamento vier
• Escrever o que está sentindo em um papel
• Sair para caminhar, mesmo que por alguns minutos
• Evitar ficar sozinho em momentos de maior angústia

Essas ações não resolvem tudo, mas ajudam a ganhar tempo e espaço até que você consiga apoio profissional e emocional mais profundo.

Você não precisa passar por isso sozinho.

A vida pode ser muito dura em alguns momentos, mas ela também pode ganhar novos significados e sentidos quando cuidamos das nossas feridas emocionais.

Se você se sente assim, não precisa enfrentar sozinho(a). Falar com alguém de confiança ou com um profissional pode salvar vidas. Estou à disposição para conversar e oferecer apoio.

A sua vida tem valor. A sua história ainda pode ser escrita de uma forma diferente.

Lembre-se:
• Fale com alguém de confiança, ou busque um lugar seguro emocional.
• Procure ajuda profissional, se permita a terapia.
• Ligue 188 – CVV

No blog Super Cris, eu sempre trago reflexões sobre saúde emocional e caminhos para transformar a dor em força. Se este artigo tocou você, compartilhe com alguém que também possa precisar dessas palavras. E se quiser conversar, me chama no WhatsApp que terei o privilégio de acolher a sua dor.

REFERÊNCIAS: Nature Reviews: “Stress, neurotransmission and suicide risk” – Nature Communications, 2024. https://www.nature.com/articles/s41392-024-01738-
Frontiers in Psychiatry: “Genetic and environmental contributions to suicide risk” – Frontiers in Psychiatry, 2025. https://www.frontiersin.org/journals/psychiatry/articles/10.3389/fpsyt.2025.1626808/full MDPI – International Journal of Environmental Research and Public Health: “Adolescent exposure to violence and suicide risk” – MDPI, 2025. https://www.mdpi.com/1660-4601/22/3/411